Eleições 2022
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Por Eliane Oliveira — Brasília

Entidades da sociedade civil que atuam na defesa da democracia afirmam que a Controladoria-Geral da União (CGU) adiou, sem motivo claro, uma reunião em que discutiriam os ataques às urnas eletrônicas proferidos pelo presidente Jair Bolsonaro. No encontro, organizações como a Open Knowledge Brasil, Transparência Brasil e Instituto Ethos, que fazem parte do Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção, queriam ouvir do ministro da CGU, Wagner Rosário, um posicionamento em defesa do sistema eleitoral do país.

Anteriormente prevista para esta sexta-feira, a reunião do colegiado foi remarcada para o dia 5 de outubro, após o primeiro turno das eleições. A justificativa para o adiamento informado às entidades foi que o secretário de Transparência e Prevenção da Corrupção, Roberto Viegas, que é secretário-executivo do Conselho, recebeu a convocação para participar de um compromisso inadiável. O colegiado é presidido pelo ministro Wagner Rosário.

Em uma rede social, a diretora-executiva da Open Knowledge, Fernanda Campagnucci, criticou o adiamento:

“O ministro da CGU se recusou a discutir uma simples manifestação que ateste a integridade eleitoral e rechace insinuações infundadas sobre o processo", escreveu.

Segundo ela, as entidades vêm cobrando esse posicionamento de Rosário desde agosto último. Como não houve resposta, pediram que o assunto fosse levado à reunião do Conselho.

“Um colegiado que reúne governo e sociedade precisa ter como pressuposto o diálogo. É preocupante que um órgão com a função que tem ignore solenemente seus membros e, à imprensa, diga que não tem que explicar nada. Esse modo de agir não está à altura da CGU”, afirmou.

Ao GLOBO, ela disse que o adiamento foi decidido sem explicações. A CGU também não teria esclarecido se o assunto será, de fato, incluído na pauta da reunião remarcada.

O GLOBO procurou a CGU, mas não houve manifestação.

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