Por g1


Chatbot ChatGPT — Foto: Florence Lo/ Reuters

A Agência de Proteção de Dados da Itália informou nesta sexta-feira (31) que decidiu bloquear provisoriamente o uso do robô ChatGPT até que ele se enquadre na lei de proteção de dados da União Europeia.

As autoridades italianas também abriram uma investigação sobre o chatbot desenvolvido pela empresa OpenAI para verificar a possibilidade de violação das regras de coleta de dados do aplicativo de inteligência artificial (IA).

A agência italiana alegou “a ausência de qualquer base legal que justifique a recolha e armazenamento massivo de dados pessoais de forma a 'treinar' os algoritmos subjacentes ao funcionamento da plataforma”, informou a Reuters.

Ainda de acordo com as autoridades, o ChatGPT não disponibiliza qualquer filtro de verificação de idade dos usuários. O aplicativo deve ser reservado para usuários de 13 anos ou mais.

A decisão, que tem "efeitos imediatos", terá como consequência "a limitação provisória do tratamento dos dados dos usuários italianos relativamente à OpenAI", afirmou em comunicado o órgão de proteção de dados.

A OpenAI não se manifestou sobre a determinação. A empresa não tem sede na União Europeia, mas designou um representante para a região e deve comunicar em até 20 dias as providências tomadas em relação ao caso, segundo a agência de notícias Ansa.

Desde o lançamento no ano passado, o ChatGPT levou rivais a lançar produtos similares ou passar a integrar tecnologias semelhantes em seus aplicativos e produtos.

A estimativa é de que o ChatGPT tenha atingido 100 milhões de usuários ativos mensais em janeiro, apenas dois meses após o lançamento e é considerado o aplicativo de consumo de crescimento mais rápido da história, de acordo com um estudo do UBS publicado no mês passado.

A Europol, agência de aplicação da lei da União Europeia, alertou nesta semana sobre o potencial uso indevido do chatbot em tentativas de phishing, desinformação e crimes cibernéticos, somando a um coro de preocupações que vão desde questões legais até questões éticas.

Além disso, figuras importantes da área da tecnologia, como Elon Musk e Steve Wozniak, cofundador da Apple, também assinaram uma carta em que defendem uma suspensão por ao menos seis meses do desenvolvimento de sistemas de IA mais poderosos.

Eles citam riscos e perigos para humanidade e dizem que a corrida para a evolução desses programas está fora de controle.

Fundada em 2015, vale lembrar que Musk é cofundador da OpenAI. O bilionário, que também é o dono do Twitter, da SpaceX e da Tesla, deixou a presidência da criadora do ChatGPT em 2018.

Atualmente comandada por Greg Brockman, a empresa atua em diversas áreas da inteligência artificial, prometendo usar suas inovações para "beneficiar toda a humanidade".

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