OSINT alerta
A comunidade internacional que trabalha com “inteligência com fontes abertas” (Open Source Intelligence - OSINT) ficou em polvorosa em junho. O motivo? Mudanças consideráveis no acesso a dados para fins de investigação, como restrições na interface de busca do Facebook, o fim do acesso gratuito ao site Intel Techniques e ao motor de buscas Pipl, entre outras novidades. A era de ouro da OSINT acabou, escreveu um blog sobre o tema.
Por um lado, isso pode ser uma vitória em prol da privacidade de dados pessoais. Por outro, como notou o Buzzfeed, as funcionalidades de busca avançada do Facebook permitem que jornalistas, defensores dos direitos humanos e investigadores localizem evidências importantes em suas investigações.
Mas nem tudo está perdido: novas interfaces de consulta ao Facebook já foram criadas, como as do Graph.tips, Searchbook e o Facebook Graph Searcher. Ainda em junho, o Bellingcat também disponibilizou um bom tutorial sobre busca no Twitter com o Tweetdeck e o Columbia Journalism Review publicou um guia mais geral sobre o OSINT, útil para quem está começando no tema.
Notícias falsas no Whatsapp
O Digital News Report do Reuters Institute trouxe um retrato sobre o consumo de notícias digitais, a partir de uma pesquisa com 75 mil pessoas em 38 países. O Brasil destaca-se pelo fato de ter o WhatsApp como principal plataforma para discussão e compartilhamento de notícias, bem como pelo alto índice de preocupação sobre a veracidade dos conteúdos compartilhados - duas tendências mundiais. Inclusive, desinformação no WhatsApp foi o tema desta pesquisa no contexto das eleições nacionais, feita pelo Sérgio Spagnuolo, criador do Volt Datalab.
Vale destacar também que a maioria dos usuários participarem de grupos no WhatsApp com pessoas desconhecidas e o celular ter superado com folga os computadores desktop como principal dispositivo de acesso, de acordo com o Reuters Institute. Confira aqui outros destaques da pesquisa, segundo um diretor da organização.
Deu no New York Times
O famoso jornal norte-americano publicou recentemente materiais diversos sobre jornalismo de dados. Não só explicam como fizeram seus repórteres amarem planilhas, como também disponibilizaram os materiais utilizados no treinamento e trouxeram 5 estudos de caso de uso de dados em reportagens do New York Times.
As habilidades básicas da capacitação incluem o uso de funcionalidades como tabela dinâmica e procura vertical (VLOOKUP/PROCV) no Google Sheet, além de extração de dados em PDF com Tabula, que foi tema de um tutorial recente da Escola de Dados. |